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Indispensáveis III

Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe)



Le Petit Prince é um romance do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943 nos Estados Unidos. A princípio, aparentando ser um livro para crianças, tem um grande teor poético e filosófico. É o livro em língua francesa que mais foi vendido no mundo, com cerca de 80 milhões de exemplares, e entre 400 a 500 edições.  Também se trata da terceira obra literária  mais traduzida no mundo, tendo sido publicado em 160 idiomas e dialetos.  Em Portugal, O Principezinho integra o conjunto de obras sugeridas para leitura integral, na disciplina de Língua Portuguesa, no 2º Ciclo do Ensino Básico.  No Japão, há um museu para o personagem principal do livro, um jovem sonhador de cabelos louros e cachecol vermelho. O autor do livro também foi quem fez suas ilustrações originais e acredita-se que parte do enredo da obra e as aquarelas de Antoine de Saint-Exupéry tenha sido inspirada pela sua ida ao nordeste do Brasil, onde ele teria se encantado com o Baobá, árvore de origem africana trazida à terra brasileira. 

Um filme musical intitulado The
 Little Prince foi feito baseado no livro e lançado em 1974. Na década de 80 foi lançada uma série de desenhos animados chamada As Aventuras do Pequeno Príncipe.


Quem são os adultos? Quem são as crianças?
O primeiro desenho do nosso piloto de aviões foi uma jiboia fechada: uma jiboia engolindo um elefante. Ele mostrava aos adultos, mas ninguém o compreendia. Diziam que o desenho se parecia com um ‘chapéu’. Tentou exemplificar desenhando jiboias abertas, mas não obteve sucesso! Os adultos não compreendiam as crianças, pois estavam muito ocupados com outros assuntos.


Já adulto, o piloto procurava conhecer pessoas inteligentes, que compreendessem o desenho da jiboia. No entanto, os homens estavam mais interessados em conversar sobre gravatas, golfe, política… Isso os deixava encantados!
Tudo muda quando ele conhece o pequeno príncipe em pleno deserto do Saara. Seu avião dera uma pane e ele precisou parar para fazer alguns consertos. Um tanto assustado, por ver um menino vestido feito príncipe em pleno deserto, não soube o que pensar. O garoto lhe pedia que desenhasse um carneiro. O piloto desenhou o que sabia desenhar: uma jiboia fechada. Para a sua surpresa o menino reconheceu o desenho, mas o recusou; ele precisava de um carneiro.
Assim, nasceu a amizade entre o aviador e o pequeno príncipe. Aos poucos, o piloto de aviões conhecia o seu grande amigo por meio das histórias fragmentadas que o principezinho lhe contava.



Exupéry nos oferece uma história de paz, escrita em tempos de guerra. Seu principezinho surgiu como esperança de um mundo pacificado, de respeito às diferenças. Um mundo, talvez, dedicado às crianças. Sua jornada passa por vários planetas, tão pequenos como o dele. 
Rico em simbologismos, dentre tantos temos seus personagens, os quais nos levam a grandes reflexões: o rei; o contador; o geógrafo; o bêbedo; a raposa, esta talvez seja a personagem mais conhecida; a rosa, entre outros.



É algo com que o leitor pode se deliciar. 
Afinal, o príncipe percorreu muitos planetas,- sete, com a Terra - conheceu criaturas estranhas, algumas tremendamente egoístas, outras terrivelmente solitárias. A viagem do principezinho começou quando ele se desiludiu com sua flor, e considerou que ela era boba e exigente, ou seja, egoísta e voluntariosa, tirando a tranquilidade de seu pequeno mundo. Mas na jornada que o levou ao planeta Terra ele também adquiriu experiência. Mais do que isso, entendeu, com o coração, que sua flor era única no mundo - apesar dele ter descoberto que existem outras de sua espécie - por isso, cabia a ele proteger e cuidar dela. Mesmo que fosse um pouquinho vaidosa, ou egoísta, e que fingisse não amá-lo.

Ao deixar a Terra, o príncipe ofereceu de presente ao seu amigo aviador, as estrelas; pois ele estaria em cada uma delas. E nos ofereceu uma lição difícil, a de que o amor verdadeiro dispensa reconhecimento e declarações. "Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-lo feliz quando a contempla"...




Deste modo, percebemos que o livro "O pequeno príncipe", é uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores; é uma fábula sobre amizade, solidariedade e desapego. De um jeito muito singelo, coloca diante de nós a nossa cegueira. Onde está o que procuramos? Nosso olho alcança?

Raposa:

"... E tu não deves esquecer: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

E assim termino minhas três postagens  sobre os livros!

Comentários

  1. Eu preciso urgentemente ler esse livro! hehe já li sobre ele e sei que é maravilhoso e não sei porque ainda não li! o meu próximo a ser lido certamente será esse!


    ÓTIMAS postagens Laura! Todos os livros de muito bom gosto e verdadeiros clássicos!

    bjos

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  2. O Pequeno Príncipe é maravilhoso, eu já li e re li... Confesso que comecei a me interessar e querer aprender a fala francês após ler este livro (kkk) e por cauda de Jean Jacques Rousseau...
    Falando em príncipes... O Príncipe de Nicolau Maquiavel é bem interessante para não dizer muito bom!

    Muito bom meninas!
    Um beijo! :)

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  3. Obrigada Kelem, quando quiser emprestado... :D

    Olá Eduardo! Pois é, com O Pequeno Príncipe passei a achar o francês mais bonito.
    Já ouvi falar sobre o livro de Maquiavel em algumas aulas de História... Parece ser interessante!
    Obrigada por acompanhar o blog! :)
    Bj.

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  4. Eu preciso ler esse livro mais que urgente, hehe pois só conheço passagens dele!
    Quando ouço falar no livro O príncipe de Maquiavel lembro um professor de filosofia meu e da Laura hahahah mas acredito que seja um livro mto bom mesmo e que nos passe uma grande lição!

    Mais uma vez obrigada por acompanhar o nosso blog!

    Beeijos!

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  5. Opa, Fabiano Eduardo aliás. haushuaha

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  6. Sim Kelem, o Jef era fã desse livro! haha E o meu professor de História, Thiago também! Vamos ter que ler! Beijoos ;*

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