Pular para o conteúdo principal

Literatura




A árvore vermelha - Shaun Tan


Às vezes, o dia começa sem nada de interessante no horizonte
e as coisas vão de mal a pior
a escuridão esmaga você
ninguém entende
o mundo é uma máquina surda
sem razão ou sentido
às vezes, você espera e espera e espera e espera e espera...
mas nunca acontece nada
e então, de repente, todos os problemas desabam de vez
coisas fantásticas acontecem ao seu lado, mas não tocam você
catástrofes são inevitáveis
ás vezes, você simplesmente não sabe como agir diante dos outros
nem quem deveria ser
nem onde você está
e parece que o dia vai acabar como começou
mas de repente lá está ela, bem na sua frente, luminosa e viva,
esperando tranquila
exatamente como você havia imaginado.





"Quem já não acordou algum dia

com a certeza de que tudo vai mal

e não há nada a fazer?

Quem já não se sentiu

como um peixe fora d'água

em um mundo pra lá de estranho?"


Shaun Tan nasceu em 1974, em Perth, Austrália. Formou-se na Universidade da Austrália Ocidental, em Belas-Artes e Literatura Inglesa, iniciou sua carreira ilustrando histórias de horror e ficção científica. Desde então recebeu inúmeros prêmios, de Melhor Livro Infantil, tanto na Austrália quanto na França, por este A árvore vermelha. Também já recebeu o prêmio de melhor livro ilustrado do ano na Austrália, de melhor relato nos EUA, e o prêmio do Festival de Angoulême na França, entre outros. Em 2001, foi nomeado o melhor artista no Word Fantasy, em Montreal, Canadá. Trabalhou ainda em filmes de animação dos estúdios Blue Sky e Pixar. Seu mais recente prêmio foi o de Melhor Curta de Animação, no Oscar 2011.




Comentários

  1. Quando eu li esse livro eu amei a história!! Muito lindo!! beijos :* parabéns

    ResponderExcluir
  2. Obrigada!
    A Luísa trouxe do colégio e eu li. Achei tão legal! ;) Bjoss

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Cinema

        Façam suas apostas! Faltam menos de um mês para a maior festa do cinema mundial, o Oscar, os indicados as categorias foram divulgados faz algum tempo. Conheça melhor um dos filmes cotados para levar até cinco estatuetas em 2011... * Cisne Negro : Muito elogiado pela crítica e sucesso de bilheteria na estreia norte-americana, o aclamado drama de suspense Cisne Negro chega aos cinemas brasileiros trazendo a história de Nina (Natalie Portman), uma bailarina assustadoramente perfeita que promete envolver o espectador do início ao fim do filme. Indicações : - Melhor filme - Melhor diretor: Darren Aronofsky - Melhor atriz: Natalie Portman - Melhor fotografia - Melhor edição (Foto por: Divulgação/Fox Film)         I ntegrante da companhia de dança de Nova Iorque, Nina tem sua vida totalmente consumida pela profissão, a fim de conseguir o tão sonhado status dentro do grupo. Essa grande ambição, porém, é apoiada ...

Agora sim, 2014!

Agora me sinto à vontade, a leve brisa vindo da janela em minha direção me refresca os pensamentos. A velha companheira caneca de chá ao lado. Minha sina talvez, seja escrever sobre a vida, aquelas coisas banais mesmo mas que passam desapercebidas. O ano começou outra vez, que frase mais clichê. Será que muda alguma coisa? Esperanças renovadas, a vida começa denovo. Ainda não sei bem, sempre acreditei que é tempo de rever o que deixamos para trás, o que conquistamos e o que iremos colher nesse próximo ano. Tenho uma mania talvez positiva ou nem tanto, a cada ano faço uma retrospectiva de tudo que me aconteceu mês a mês, uma forma boba de repensar minhas atitudes. Confesso que em 2013 quebrei essa tradição, foram tantas marcas, ruins e boas que não precisei registrar no papel e nem publicar loucamente em minhas redes sociais. Não adianta tentar apagar tudo que aconteceu de janeiro a dezembro, foram fortes sensações de que tudo mexeu em minha vida, acredito que não só a minha ma...

Lembranças cotidianas

Ipês amarelos, rosas, e roxos, colorem o entorno da praça, que tem sua arquitetura simples, mas o jeito aconchegante, assim como as lembranças que tenho daquele lugar. Quando era criança gostava de ficar horas e horas me balançando na pracinha, na parte esquerda da praça, em frente a igreja matriz. Corria por sobre a areia branca e macia daquele cercado, que por ingenuidade imaginava ser a coisa mais bela que existisse,  em se tratando de uma cidade de interior. Mais adiante, há um carro-lanche de cor amarelo-mostarda, aqueles que vendem o famoso “Pancho”. Dobrando à esquina, o encontro de universitários,  estudantes, e pessoas sem nada para fazer também. É sempre certo, é quase lei, pegar seu chimarrão e ir para a praça de tardezinha. “Olhar o movimento” como dizem os nativos de lá. E acontece praticamente todos os dias, perto das 6 da tarde. É como se fosse uma atração turística da cidade. O nome da praça em nada lembra o imponente presidente da república na...