
Moulin Rouge! veio resgatar as produções suntuosas de estúdio da MGM das décadas de 30, 40 e 50, porém despido da mesma ingenuidade e despretensão. A linguagem cinematográfica é rica e bem explorada. Assistir ao filme não vale somente pelas belas imagens (figurinos, direção de arte, fotografia perfeitos) ou por puro entretenimento, mas porque há um roteiro inteligente. Baz Lhurmann conseguiu transformar numa obra de arte cada quadro
deste trabalho. Seria impossível dar um tom diferente que pudesse aliar tão bem o momento, o clima, as situações aos diálogos e às personagens. Estas por sinal levadas ao ápice do caricato, esbarrando em sequências que chegam a transbordar surrealismo. Extravagância, e coreografias que deixam saudade após o té
rmino do filme completam o panorama essencialmente visual que deleitam o expectador neste longa que classificá-lo é impossível. Seria realmente um musical? Uma comédia? Um drama? Romance? Ou todos os gêneros esplendidamente reunidos?
Trabalhar em cima de tantas situações e conseguir extrair com sucesso e competência as emoções, como foi feito neste clássico do cinema moderno, é tarefa difícil, um acontecimento raro e sempre bem-vindo.
Christian (Ewan McGregor) é um jovem escritor que chega à França, vindo de Londres, na passagem do século XIX para o século XX. Ele se estabelece num bairro boêmio parisiense onde já residem diversos artistas. Disposto a vivenciar todo o clima vanguardista do local, sua maior inexperiência é a de nunca ter amado. Fato contraditório, pois de acordo com o seu pensamento o amor soa como a única necessidade humana. Logo ele conhecerá Satine (Nicole Kidman), cortesã do aclamado cabaré Moulin Rouge, e a paixão à primeira vista preencherá a lacuna que faltava para a sua realização.
A fábula de Moulin Rouge não se encerra apenas com os protagonistas centrais, o elenco restante é diverso e muito bem construído, o que ajuda de forma excepcional a tornar o filme mais interessante ainda. Destaque vai também para a trilha sonora composta por clássicas músicas pop dos anos 80/90, sendo algumas delas adicionadas com um tempero "rave music" fornecidas pelo DJ Fatboy Slim. Isso acabou se constituindo num marketing poderoso, pois aproxima o público de todas as idades, através da identificação, para o enredo que se desenrola.
*Trailer: (infelizmente não possui legenda):
A próxima postagem será sobre algumas curiosidades...
Obrigada pela companhia! Beijo, ótima terça-feira!!!
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