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Milênio do Índio


        É bem comum termos datas no calendário com denominações comerciais, não em sua totalidade, como por exemplo, a Páscoa tem um sentido religioso, porém o setor comercial se apropria dele para vender seus produtos. Dia das mães, dos pais, dos namorados, dos avós, dos tios, e de todos os parentes, servem de exemplo. Datas em que as empresas se oportunam para vender produtos especializados e movimentar a economia. Mas e os outros dias destinados às lutas sociais, e principalmente as raças?
       E quando falo em raças quero destacar aqui a Indígena. Pois, foram povos que foram dizimados, não só fisicamente, mas a sua cultura, os seus costumes também foram sufocados pelo colonizador. Não
serão dias para lembrar do povo indígena que irá redimir tudo o que foi feito com eles. É preciso muito mais, o conhecimento a cerca da cultura dos índios se faz importante para nossas vidas. Até porque temos práticas diárias que vieram deles e nem imaginamos, o chimarrão é um exemplo que cartacteriza muito bem essa influência.
     Alguns povos indígenas, na maioria tribos amazônicas e do centro-oeste, ainda resistem em forma de protestos nos parlamentos, congressos e instituições do poder. Segundo matéria do Greenpeace: "Em manifestação inédita na Câmara dos Deputados, centenas de indígenas de vários povos e regiões do país ocuparam o plenário principal em protesto contra a PEC-215, emenda constitucional que transfere ao Legislativo o poder de demarcar Terras Indígenas. A persistência foi tal que eles conseguiram um avanço nas negociações: o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, se comprometeu a adiar por seis meses a escolha dos membros da Comissão Especial criada para analisar a matéria. Enquanto isso, Eduardo Alves criou uma comissão negociadora, formada por deputados, representantes indígenas e do governo, para discutir todas as questões relacionadas aos povos indígenas que tramitam na Casa." Essa série de atividades em homenagem ao "Dia" do Índio (19 de abril), é denominado de Abril Indígena.
    Além da luta pelas terras, pelo reconhecimento enquanto povo habitante das Américas, é fundamental dedicarmos muito mais do que um dia a eles, mesmo que não consigamos trazer de volta traços de uma cultura que está praticamente extinta. A eles deveríamos dedicar uma semana, um mês, ou até mesmo o Milênio.

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