Manhã serena. O sol a pouco tinha nascido, apesar da forte luminosidade
daquele dia especial de novembro. O que seria um breve passeio pelos
campos e pelo campus da universidade, se transformou em aventura,
buscávamos naquelas paisagens bucólicas algo que nos definisse.
Pode até
parecer clichê, mas mal cliquei na câmera e quando vi essa foto no
visor, imaginei mil e uma histórias sobre pessoas que atravessaram esse
caminho, algumas chegaram ao fim, outras talvez não.
Observamos atentamente a beleza da paisagem, haviam alguns pássaros felizes pelo frescor que a vegetação nativa proporcionava a eles.
Não
sei por que essa mania de jornalista de querer registrar tudo. Várias
vezes corri em busca de fotografar algumas espécies de pássaros, tudo em
vão, parece que a natureza não permitia que eu registrasse aquele
momento belo. Pois ela escolheu que alguns dos melhores momentos só
ficariam registados somente em minhas retinas.
Quando ingressamos na universidade, principalmente se ela exigir de nós o gosto pela leitura, o gosto de observar o mundo, qualquer atividade banal aos olhos de outros seres humanos, para nós siginificará muitas coisas. Talvez aquela fotografia, por mais mal tirada que tenha sido, pode gerar grandes contos, algumas lendas, e quem sabe possa servir de cenário para um belo romance.
O que não podemos esquecer que o
Jornalismo tenta se distanciar ao máximo do subjetivo, das vãs
conversas, e reflexões do mundo. Mas na prática, cansamos disso,
cansamos do óbvio, perde a graça a matéria fácil, a entrevista comum.
Contar a história das mesmas pessoas, dos mesmos lugares, os mesmos
problemas no mundo que até mesmo os mais terríveis assassinatos vão se
tornando comuns.
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