Ipês amarelos, rosas, e roxos, colorem o entorno da praça, que tem sua arquitetura simples, mas o jeito aconchegante, assim como as lembranças que tenho daquele lugar. Quando era criança gostava de ficar horas e horas me balançando na pracinha, na parte esquerda da praça, em frente a igreja matriz. Corria por sobre a areia branca e macia daquele cercado, que por ingenuidade imaginava ser a coisa mais bela que existisse, em se tratando de uma cidade de interior. Mais adiante, há um carro-lanche de cor amarelo-mostarda, aqueles que vendem o famoso “Pancho”. Dobrando à esquina, o encontro de universitários, estudantes, e pessoas sem nada para fazer também. É sempre certo, é quase lei, pegar seu chimarrão e ir para a praça de tardezinha. “Olhar o movimento” como dizem os nativos de lá. E acontece praticamente todos os dias, perto das 6 da tarde. É como se fosse uma atração turística da cidade. O nome da praça em nada lembra o imponente presidente da república na...
- Quando vê já é dezembro, já é natal, a gente já tá UFRGS. Janeiro...Maio...Setembro. Assim o ano se foi. Onde eu estive? Não tenho tempo suficiente. Preciso terminar meus trabalhos. Dezembro está aí outra vez. Sim, parece atitude de um ansioso, e realmente é. Já não tenho mais tempo para divagações e viagens. Dezembro está aí e tenho a defesa do TCC, que só por mencionar essa sigla já causa estranheza em muitas pessoas. Aquela comodidade de todo dia ir para a Universidade parece que está com os dias contados. E o RU, as amizades, as horas que reclamamos que queríamos estar em casa e nas nossas cidades. Ninguém sabe ao certo o que terá depois de passar quatro anos cursando algo que sempre sonhou. Mas sonhar e ser são coisas muito diferentes, aliás extremamente diferentes. Talvez a paixão sempre nos mova. É a paixão sim, pela profissão, pela vida, pelas canções que nos embalam todo dia. Alguns dias são mais arrastados e parece que nada vai ...