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Cidade Olímpica

   
 

 
    Mês que vem, como todos sabem, tem Olimpíadas em Londres e a expectativa para os jogos, é grande. A cidade de Londres, capital da Inglaterra, possui um reconhecimento mundial principalmente por sua riqueza cultural, tanto no ramo da literatura quanto na música e na arte. Além de atrair turistas pelo clima agradável, seu visual clássico e monumentos históricos como o famoso Big Ben e o Palácio de Buckingham.


455847 Pacotes de viagem para Londres Americanas 2012 1 Pacotes de viagem para Londres, Americanas 2012

    Grandes escritores são de origem britânica e muitos se inspiraram na cidade de Londres para escrever suas obras. William Shakespeare (Romeo e Julieta), Virginia Woolf (Mrs. Dalloway), Jane Austen (Orgulho e Preconceito), Agatha Christie (O assassinato de Roger Ackroyd), Charlie Dickens (Canção de Natal), Emily Brontë (O Morro dos Ventos Uivantes), J.K. Rowling (Harry Potter), Lewis Caroll (Alice no País das Maravilhas), Philip Pullman (trilogia: A Bússola de Ouro), J. R. R. Tolkein (trilogia: O Senhor dos Anéis) talvez sejam os mais lidos e conhecidos mundialmente - esse último nasceu na África do Sul, mas possui nacionalidade britânica.

 

    Londres também é o lar de muitos museus, dentre eles o Museu Britânico considerado o mais completo do mundo em termos de artefatos históricos; o Museu de História Natural que se divide em áreas como arqueologia, botânica, insetos, corpo humano etc;  possui também um museu de estátuas de cera de pessoas famosas chamado Madame Tussauds, além do Museu Victoria e Albert (o nome em homenagem a realeza) possui objetos decorativos de todos os cantos do planeta.

  
   

 


Estátuas de cera: (Beatles e Rainha Elizabeth)
   


      
 

     
As cidades candidatas tinham até 15 de Julho de 2003 para apresentar suas candidaturas. As cidades eram Havana, Istanbul, Leipzig, Madrid, Moscou, Nova Iorque, Paris, e Rio de Janeiro.
No dia 18 de Maio de 2004, o Comitê Olímpico Internacional (COI), reduziu o número de cidades postulantes para cinco que evoluiram para candidatas: Londres, Madri, Moscou, Nova Iorque e Paris.
     Em 19 de Novembro de 2004, o Comitê Olímpico Internacional recebeu os livros de candidatura das cinco candidatas. O COI enviou uma equipe de avaliação que visitou as cinco cidades candidatas durante Fevereiro e Março de 2005. A candidatura de Paris levou duas advertências durante a visita do COI: uma série de greves e manifestações coincidindo com a visita e de que havia uma investigação aberta sobre Guy Drut, um dos principais membros da equipe parisiense e membro do COI,que estava sendo acusado de receber propina.
    Em 6 de Junho de 2005, o Comitê Olímpico Internacional divulgou o relatório final das cinco cidades candidatas. Embora esses relatórios não contivessem qualquer pontuação ou classificação, o relatório de Paris foi considerado o melhor, seguido pelo de Londres, cuja nota tinha diminuido,em relação à primeira avaliação, em 2004. Outras duas candidatas Nova Iorque e Madri obtiveram também uma avaliação muito positiva em seus relatórios.


   
   
As cinco cidades foram visitadas por delegados do COI, que avaliaram itens como segurança, saúde, transporte, serviços de hotelaria e infraestrutura. Um dos principais fatores que fizeram de Londres a escolhida, foi o transporte público, que apesar de ser considerado o mais caro do mundo e precisar de ainda mais expansão da linha do metrô, é um serviço muito eficiente e sempre com a pontualidade britânica. 

     

          Nomes:

      O nome de Wenlock foi inspirado na cidade de Much Wenlock na Inglaterra. A sociedade olímpica de Wenlock realizou seus primeiros jogos em 1850, servindo de inspiração para as olimpíadas modernas. Wenlock tem 5 pulseiras coloridas, representando os anéis olímpicos. O topo de sua cabeça lembra o pódio e a frente tem o formato da cobertura do Estádio Olímpico de Londres.
         O nome de Mandeville vem do Stoke Mandeville Hospital em Buckinghamshire, onde os jogos de Stoke Mandeville deram origem aos jogos Paraolímpicos. O relógio de Mandeville marca 0:20:12 e sua cabeça representa o símbolo das Paraompíadas. A pele de metal polido dos mascotes foi criada para refletir as características de seus amigos. Uma câmera que grava tudo o que eles vêem e a luz no topo da cabeça lembra os famosos taxis de Londres.



     Realizar Olimpíadas requer muito planejamento além do momento de construção dos estádios para os jogos e reformas na cidade que irá sediar, o mais importante é o legado que toda essa estrutura irá deixar depois que os jogos terminarem. 

     Em 2004, houve Olimpíadas em Atenas e até hoje a cidade tenta usufruir do que foi feito, pois tudo está abandonado, é por isso que a Grécia é sempre lembrada quando se discute a armadilha econômica de se realizar uma Olimpíada. A mesma coisa aconteceu em 2008, com as Olimpíadas em Pequim, os chineses ficaram eufóricos com a escolha da cidade, apresentaram um grande espetáculo visual, porém um dos estádios mais famosos o "ninho de pássaro" encontra-se a mercê do tempo.
     Sydney, recebeu ótimas críticas em 2000 quando sediou os jogos, quesito organização o evento ocorreu sem dores de cabeça. Mas, apesar de ser uma cidade muito bem desenvolvida e de padrão de vida exorbitante, após 12 anos ainda sofre as consequências dos gastos extremos, hoje tenta de qualquer forma estimular o fluxo de pessoas na região do Parque Olímpico que segue praticamente vazia. Mais surpreendente que a falha do projeto, só mesmo a confissão de quem chefiou o planejamento dos jogos, Sue Hollyday: "Não tínhamos uma política clara para a administração do parque depois da Olimpíada, agora Sydney está pagando o preço."

         "Segundo o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional) Jacques Rogge: "Londres criou um novo padrão de como entregar um legado duradouro. Já é possível ver resultados palpáveis da incrível revitalização da região leste da cidade. Esta grande e histórica cidade já deixou sua marca no legado para os próximos Jogos"
       Londres, de fato, parece estar seguindo uma receita vencedora. Inspirada em Barcelona-1992, medalha de ouro entre os projetos recentes de legado olímpico, a capital britânica baseou seu plano para 2012 na reformulação de uma região esquecida da cidade. Construir o parque olímpico numa área carente de valorização é tacada certeira, já que desencadeia uma série de ações benéficas à população, com efeitos que vão muito além do período de disputa dos Jogos. Além de cultivar uma nova e próspera comunidade num bairro antes irrelevante, essa estratégia acaba criando novos eixos urbanos - surgem novas vias de trânsito, novas linhas de trem e metrô, novos centros de comércio e atividade econômica. O desafio, nesse caso, é saber o que fazer com as instalações esportivas depois dos Jogos. Para evitar o surgimento dos já famosos elefantes brancos, o comitê organizador de Londres decidiu, por exemplo, construir instalações temporárias, cujos componentes serão reutilizados em outras cidades do país. Os britânicos ainda não resolveram, porém, o problema mais crítico de seu projeto: o destino do Estádio Olímpico, justamente a peça central do parque erguido no leste da cidade. O mais provável é que vire a nova casa do West Ham, time de futebol tradicional da cidade - mas isso já seria uma distorção do projeto original, já que a ideia era preservar o estádio como palco para competições de atletismo. Planos como esses sempre esbarram na dificuldade de equacionar as finanças de uma instalação olímpica depois dos Jogos. Abrir suas portas à população parece uma alternativa sensata. Mas só parece - os equipamentos olímpicos são construídos para uso por atletas de ponta, e mantê-los em ordem exige despesas constantes. Transforma-los em instalações públicas, portanto, também é um desperdício. Entre pagar com verba pública a manutenção de um estádio ou ginásio cujo uso é pouco frequente e entregá-lo à iniciativa privada num contrato "camarada", a escolha parece ser entre o péssimo e o ruim - e ilustra bem como, na ponta do lápis, promover uma Olimpíada poucas vezes vale a pena." - Revista Veja


Sydney, Austrália (2000)


       O mais assustador disso tudo é que China e Austrália são países que possuem condições muito boas para se viver e a Grécia, que vem passando por uma série crise financeira, é considerada país desenvolvido, mesmo assim todos sofrem com o transtorno deixado pelos  Jogos e a Inglaterra tão valorizada, governada por monarquia faz planos e desenvolve métodos para não cair na mesma onda dos outros países. Agora, eu me pergunto o que vai ser do Brasil? Um país subdesenvolvido que ainda não tem o básico para a vida de seus habitantes, vai sediar as Olimpíadas em 2016, por enquanto só pensam em terminar as obras antes do prazo previsto, e não em pensar a longo prazo.
      Dia 27 de julho podemos assistir as Olimpíadas em Londres, com certeza vai ser lindo como sempre é. Mas, daqui a quatro anos a celebração vai ser em nosso país e se não houver muito planejamento, as consequências vão recair em todos nós!
       

   

Comentários

  1. E que venham as Olimpíadas 2012! Mas que os governantes JAMAIS esqueçam dos outros problemas que estão por traz disso, pois sabemos que os eventos acabam por ocultar muitas das questões que deveriam ser abordadas.


    Vamos celebrar os esportes!Ótima postagem Laura!

    beijo

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